sexta-feira, 22 de junho de 2012



O Nascer


Mil novecentos e noventa...
A quietude do dia apresenta,
Após contrações simultâneas,
Outra estrela se apaga...
Ocupada será mais uma vaga
De todas as palavras subterrâneas!

Some, com os anos, a palidez.
Apresenta alguns sinais de lucidez,
Por realizar o que foi planejado.
O pessimismo infecta-o como um vírus,
Nota-se em contubérnio com os papirus
Tudo o que deveras foi vivenciado.

O despertar dos sentimentos subterrâneos,
Que o faz escrever para inúmeros crânios
Onde sua ideia foi plantada.
Infecta as letras com tremenda tristeza,
Fogem das vogais a constante beleza...
Onde a mágoa foi lapidada.

Foge do habitual por não viver essa parte.
Acumula as mágoas, transforma-as em arte,
Que aos desavisados horroriza.
Foge das cópias feitas ao carbono,
Das alegrias servidas por um mordomo
Com o sangue natural na camisa.

A sua figura em um espelho natural
Esconde um interior racional,
Não gastando saliva ao se expressar.
Calcula o peso dos escritos,
Escutando os ossos e seus atritos...
Enquanto a caneta passa a dançar.


Ignora sentimentos com invalidade
Perpendicularmente com a intensidade
De cada letra que ele faz nascer.
Despertando em você diversos sentimentos,
Assistidos na soma de todos os momentos,
Que sua poesia faz crescer.


Cada humano que nasce, sente...
Chora, ri, perde e vence...
Sem perder a sua individualidade,
Se orgulhando de todos os seus feitos.
Mas eu, procuro no âmago de todos os defeitos
Todas as mais belas qualidades!




- Sérgio Schiapim









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segunda-feira, 18 de junho de 2012




Desconfiança Ininterrupta


Apago as cores naturais de seu rosto,
Cancelo seu ritmo cardíaco,
Cito algo verídico,
Adicionando uma pitada de desgosto!


Apago algumas frases,
Assopro meu papel amarelado...
Transformo todos os enlaces
Em um único dízimo agregado.


Viajando entre as verdades absolutas,
Esquecendo que tudo é mutável.
Desconfiança ininterrupta e seu corte...

Perpetuamente escravo das lutas,
Ignorando tudo o que é questionável...
Meus sonhos sofreram essa morte!


- Sérgio Schiapim








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domingo, 10 de junho de 2012



Febril


Sentir o ar em seu rosto frio.
Gotas de suor liquidificando o chão.
A soma dos passos ampliam a transpiração.
Mãos frias, espirito frio,
Seus pulmões cheios, seu coração vazio,
Perfeito e completamente febril.

Todas observações fracas, pensamentos vagos...
Andar sobre todas as calamidades,
Se ferir em todas as extremidades,
Com meu calor interno fazendo estragos.

Todas ilusões criadas em minha mente.
Todos os falsos continuando contentes
E todos sinceros no seu perpétuo sofrer...
Minhas letras são motivadas e persistentes.

Morrendo todos os dias no intuito comum.
Buscar mil objetivos sem desistir de nenhum...
Explicando o inexplicável.
Nos quarenta graus em contubérnio
Congregando os pulmões aos escarros
Ajustando o inajustável!

Cálculos que me fazem temer a queda.
Resistência equivalente que me faz cambalear.
Internamente quente,
Inversamente frio...
Mas ignoro todos os sintomas
Quando minhas vogais estão bem.

Somos o que precisamos!
Andamos ao encontro do que sempre sonhamos!
O calor é apenas um detalhe...
Pois, cada dia trás seu seu próprio envelhecimento.
Para adiar os escritos finais...
Continuaremos quentes!


- Sérgio Schiapim

"-Escrito em um tempo difícil pra mim, quando minhas mãos úmidas borravam o papel.
Estou melhor."






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